Quase nada a dizer, pois o livro fala por si :-)
Apetecia-me, tal como Florentino Ariza, ficar também eu 50 anos a lê-lo. Não consegui, mas andou quase um mês a pesar na mala. Valeu a pena.
Um livro apaixonante que conta a história de um amor em evolução, ou mesmo de vários amores e formas de amar. O amor ingénuo de dois jovens, Florentino Ariza e Fermina Daza, cujas diferenças sociais vão separar. O amor construído com os anos da convivência, do respeito mútuo, da cumplicidade que pautam um casamento feliz: o de Fermina e o Dr. Juvenal Urbino. Mas, depois, também os amores de ocasião, as muitas mulheres de Florentino, no intervalo em que nada mais faz do que aguardar pela paixão da sua vida. E, ainda, o amor maduro, fruto de uma idade imperdoável, que pouco deixa a aspirações ou desejos futuros porque o futuro é, ele próprio, débil e incerto.
Além do amor, o autor leva-nos ainda a reflectir uma temática existencial importantíssima: a da impiedade inexorável do processo de envelhecer (e todas as transformações que ele pressupõe) e da inevitável e temida morte.
Além do amor, o autor leva-nos ainda a reflectir uma temática existencial importantíssima: a da impiedade inexorável do processo de envelhecer (e todas as transformações que ele pressupõe) e da inevitável e temida morte.