25/02/10

Precisa-se de invenção

Preciso de objecto, forte, grande e protector.

Características fundamentais: ser leve, transportável, que tenha uma cor que esteja na moda, isole totalmente a chuva e não se torça com as rajadas de vento.
Não se pode assemelhar a um guarda-chuva, essa patente já está registada e não tem tido muito sucesso no caos por onde tenho andado.
Melhor ainda, se vier como oferta um par de meias de lã quentinhas! Tenho os pés gelados.

Mandar sugestões com urgência!

24/02/10

livros dentro da mala



Confesso que não li a edição alargada, andou na mala a 1ª edição, ainda a Oficina do Livro não tinha a chancela. Está bem arrumadinho, um pouco pobre nas fotografias, tanto na quantidade como na qualidade (a outra edição revelou-se melhor). Achei-o crítico, um pouco mais perturbador e não apenas com olho de viajante. Estava também presente o olho jornalístico. Foi um bom início. Agora é mais rico, mais elaborado e conta mais histórias.



"Este é um livro de viagens, um livro de alguém que, como nos sonhos de infância, teve a sorte de partir tantas vezes com pouco mais que um saco de viagem e uma máquina de filmar ou de fotografar. (...) Nem sempre viajei para sul, mas nada vi de tão extraordinário como o sul. O Sul é uma porta de avião que se abre e um cheiro inebriante a verde que nos suga, o calor, a humidade colada à pele, os risos das pessoas, o ruído, a confusão de um terminal de bagagens, um excesso de tudo que nos engole e arrasta como uma vaga gigantesca. Apetece fechar os olhos, quebrar os gestos e deixar-se ir. Mas é justamente neste caos que eu procuro a lucidez do contador de histórias."

Neste livro, Miguel Sousa Tavares partilha com os leitores, fotografias e experiências únicas de viagens a São Tomé e Príncipe, Amazónia, Egipto, Goa, Cabo Verde, Alentejo, Alhambra, Marráquexe, Costa do Marfim, Tunísia, Brasil, Veneza, Guadalupe, parque Kruger, em África e o deserto de Sahara.

19/02/10

2ª Rebaixa

Digam-me... pois na língua portuguesa já começo a ter muitas dúvidas... é possível haver "2ª rebaixa"???????!!!!!!!!

(em várias lojas da Baixa de Lisboa parece ser possível)

15/02/10

Croissanteria da Prata

Enquanto os meus pés gelavam à espera do autocarro em plena Rua da Prata reparei hoje que a croissanteria cujos toldos me abrigam da chuva (uma função bem prestada) possui 21 tipos de recheio para os croissants. Passo a enumerar (os que ainda me lembro... prometo que amanhã estarei mais atenta):

- chocolate
- morango
- doce ovos
- gila
- mel
- doce pêssego
- fiambre
- queijo
- manteiga
- nutella
- chouriço
- ...

12/02/10

Irrita-me!

Irrita-me (o que não é muito difícil) aquelas pessoas que querem e fazem questão de se sentarem mesmo ao nosso lado, mesmo com imensos lugares vazios em zonas bastante mais acessíveis.
Acontece-me no barco... acontece-me no autocarro... está sempre a acontecer-me! Principalmente com anafadas de revista Maria na mão, casaco enorme e sacos, sacolas e guarda chuva.
Paciência? Não tenho! Recuso-me! Não me levanto, limito-me a encolher o corpo na cadeira, enquanto roçam em mim (grrrrrrrrrrrr) e a minha roupa fica presa debaixo do rabo gordo de alguém.
Fico irritada. Ponto!

11/02/10

Precisa-se de invenção

Precisa-se de invenção - urgentíssima - que me faça sair da cama em menos de 10 minutos, depois do despertador tocar.

10/02/10

Precisa-se de invenção

Preciso que inventem um mecanismo qualquer para que eu possa continuar a ler, de chapéu-de-chuva na mão, enquanto espero pelo autocarro na respectiva paragem.

08/02/10

O lado bom de andar de transportes públicos

1 hora e 50 minutos... demorei eu a chegar hoje ao trabalho... Vim de carro, pois tá claro!!! Haja paciência para todos os semáforos vermelhos onde tive de parar, para a rotunda do relógio (que não avançava convenientemente) e para todas as ruas de sentido único.
Conclusão: andei a passear em Lisboa a uma 2ª feira de manhã (o que não é nem proveitoso nem muito inspirador para começar a semana) e cada vez mais me apetece deixar o carro estacionado à porta de casa.

04/02/10

Hoje foi dia de dormir no barco... embalei com as ondas :-)

Ainda não bebi café... prevê-se um dia sonolento... aiaiaiai

03/02/10

revisor

E já me aconteceu 2 vezes!!! Sim, 2 vezes!!! Apareceu-me um revisor à frente. Não o reconheci, ainda lhe perguntei da primeira vez - posso ajudá-lo? - e ele ficou a olhar, pasmado e inerte para mim. Até que eu... dahhhhhhhhh... lá percebi quem ele era! Da 2ª vez (que aconteceu hoje de manhã), um senhor bem vestido aproximou-se de mim e pensei logo "com tantos lugares vazios, tem de se sentar logo ao pé de mim"... mas ele não se sentou, ficou ali de pé a mirar-me... não disse nada, mas eu disse - posso ajud...- não acabei, é claro, nesse momento é que vi a maquineta da leitura dos passes. Corei! Pedi desculpa! Reconheceu o passe, agradeceu, continuou. Eu, eu continuei envergonhada mas rapidamente voltei à minha leitura.

perdida

No outro dia, no autocarro 790, uma senhora não se lembrava do seu nome, nem de onde vinha nem para onde ia. Não trazia documentos (tinha comprado bilhete). Todos (ou quase) queriam ajudar, ninguém dava uma boa ideia.
Acabei por sair na paragem do costume... a senhora ficou lá dentro... com aquela massa de gente a tentar ajudar. Não sei o que aconteceu! Importei-me pouco, até me estranhei.

livros dentro da mala

Lá acabou mais um... até já deu lugar a outro ;-)
Fiquei com a sensação que muito, muito mais podia ter sido contado, explorado, conversado... ter-me-ia sabido bem saber mais... mas o autor não quis. Fico com pena! Mas percebo... talvez até goste mais assim!
Foi quase romance, quase amor, quase toque, deve ter sido quase tudo... tive a sensação que andei a roçar no quase tudo das personagens principais... senti o deserto no olhar, a imensidão do vazio e o quente da areia.

“Esta história que vos vou contar passou-se há vinte anos. Passou-se comigo há vinte anos e muitas vezes pensei nela, sem nunca a contar a ninguém, guardando-a para mim, para nós que a vivemos. Talvez tivesse medo de estragar a lembrança desses longínquos dias, medo de mover, para melhor expor as coisas, essa fina camada de pó onde repousa, apenas adormecida, a memória dos dias felizes.”

02/02/10

Cais do Sodré




Experimentem ver Lisboa do rio... a chegar à margem... é diferente, bonita, vistosa, deslumbrante!

01/02/10

Livros dentro da mala


E lá fechei o livro de vez na passada 6ªfeira. ADOREI!!!! MESMO!!!! A escrita dele é tão realista e ao mesmo tempo tão desconcertante, que foi quase como ler dois livros num só, pois as personagens tornam-se autónomas e tudo vibra à volta dos diálogos e pensamentos da personagem principal.
Acreditem... só soube o final quando o estava a ler! Foi uma terapia incrível! :-)


Laurence Passmore tem uma vida invejável, um carro de sonho, uma vivenda fabulosa em Rummidge, um apartamento de luxo em Londres, dois filhos adultos e felizes, um casamento estável e sexualmente activo, uma amante platónica e a paternidade de uma série televisiva de sucesso que o tornou praticamente rico. No entanto, Laurence é também calvo e gordo, tem 58 anos, falta de amor-próprio, uma dor irritante no joelho, uma depressão injustificada… e, claro, um monte de terapeutas que, em vão, tentam minimizar o seu sofrimento. Todavia, se Laurence parecia ter tudo para ser feliz, o seu alheamento da realidade e a identificação súbita com as angústias existenciais de Kierkegaard acabam por arranjar-lhe razões para ficar deprimido…Neste romance verdadeiramente hilariante, David Lodge – a quem chamaram já o mestre da comédia – conduz apaixonadamente a sua personagem ao longo de um caminho cheio de surpresas e peripécias, em busca de uma cura para a doença aparentemente incurável dos tempos modernos.